O SUPOSTO "PRIMADO" DO BISPO ROMANO

O SUPOSTO “PRIMADO” DO BISPO ROMANO

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A paz de Deus !!!
meu amado e querido irmão como os bispos foram conhecidos como papas em 304 se a batalha entre constantino e maximencio se deu 312 ?só para esclarecimentopara que eu possa passar algo sólido as pessoas que tiverem interesse!!

CONSTANTINO IMPERADOR CRISTÃO

*José Dias

O PRIMEIRO IMPERADOR CRISTÃO

O primeiro imperador cristão, Flavius Valerius Constantinus, nasceu em 275, em Drepanum localidade romana da Bitínia, atual Turquia. Filho de Constâncio Cloro (250-306) imperador romano do Ocidente nos anos de 305 e 306, com uma jovem de nome Júlia Helena. Anos mais tarde ela seria canonizada pela Igreja Católica, como Santa Helena. Constantino teve uma boa educação, principalmente por ser filho de uma mulher de língua grega e haver vivido no Oriente Grego.

No ano de 305, quando Diocleciano abdicou do trono imperial, a religião cristã era terminantemente proibida e aqueles que a professassem eram castigados com torturas e morte. Contra o cristianismo estavam todos os poderes do Estado.

A BATALHA DA PONTE MÍLVIA

A Batalha da Ponte Mílvia aconteceu em 28 de Outubro de 312, entre os imperadores romanos Constantino e Maxêncio. Com a vitória de Constantino, o rumo da história da Europa e, por extensão, do Ocidente, seria alterado radicalmente.

A causa subjacente da batalha era a disputa que já durava 5 anos entre Constantino e Maxêncio sobre o controle da metade ocidental do império. Apesar de Constantino ser o filho do imperador Constâncio Cloro, o sistema de poder em vigor na altura, a tetrarquia, não providenciava necessariamente uma sucessão hereditária. Quando Constâncio Cloro faleceu a 25 de Julho de 306, as tropas de seu pai proclamaram Constantino como o Augusto, mas em Roma, o favorito era Maxêncio, o filho do predecessor de Constâncio Cloro, Maximiano. Ambos os homens continuaram a clamar o título desde então, apesar de uma conferência que deveria resolver a disputa ter resultado na nomeação de Maxêncio como imperador sénior, juntamente com Galerius. A Constantino foi dado o direito de manter as províncias da Britânia e na Gália, mas era oficialmente apenas um "César", ou imperador júnior.

Em 312, os dois homens estavam de novo em conflito, apesar de serem cunhados. Muito disto era por obra do pai de Maxêncio, Maximiniano, que tinha sido retirado à força do cargo de imperador em 305 por pressão de Diocleciano. Maximiniano maquinou e enganou o próprio filho como também a Constantino, tentando reaver o poder. Acabou por ser executado por Constantino em 310. Quando Galerius morreu, em 312, a luta pelo poder estava aberta. No verão de 312, Constantino reuniu as suas forças e decidiu resolver a contenda pela força. (Adao Meireles – 13/10/2010)

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Resposta - OLÁ, ADAO.
REALMENTE A BATALHA ENTRE CONSTANTINO E MAXÊNCIO SÓ SE DEU EM 312 d.C, MAS JÁ EXISTIAM BISPOS NAS PENTÁRQUIAS MUITO ANTES DISSO, EMBORA AS IGREJAS FOSSEM INDEPENDENTES. FOI APENAS EM 304 d.C QUE OS BISPOS DE ROMA SE AUTO-INSTITULARAM “PAPA” E TENTARAM TRAVAR UMA “SOBERANIA” SOBRE OS OUTROS BISPOS DAS DEMAIS PENTÁRQUIAS, COMO TAMBÉM É CONFIRMADO HISTORICAMENTE:
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“A Igreja recebeu o nome de "católica" somente no ano 381, no Concílio ‘Conctos Populos’ dirigido pelo imperador romano Teodósio. Devido às alterações que fez, deixou de ser apostólica e não sabemos como pode ser romana e universal ao mesmo tempo” (HISTÓRIA ECLESIÁSTICA, I pág.47, Riva ux)
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“Até o século V não houve ‘papa’ como conhecemos hoje. Esse tratamento de ternura começou a ser aplicado a todos os bispos a partir do ano 304” (CÔNEGO SALIN, CIÊNCIA E RELIGIÃO. Tom. 2 pág.56)
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O QUE CONSTANTINO FEZ FOI OFICIALIZAR O “PONTÍFEX MAXIMVS” (MÁXIMO PONTÍFICE) DO IMPÉRIO ROMANO (POR SER O IMPERADOR), O QUE TAMBÉM FOI INTRODUZIDO NO ASPECTO RELIGIOSO, O QUE TAMBÉM É COMPROVADO HISTORICAMENTE:
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"Ele [Constantino I] continuou a usar linguagem monoteísta vaga que qualquer pagão aceitaria. Durante os primeiros anos de sua supremacia, ele realizou pacientemente todo o cerimonial que dele era requerido por ser o Pontifex Maximvs do tradicional culto [pagão]. Ele restaurou templos pagãos [posteriormente transformados em igrejas]… Ele usou tanto ritos cristãos quanto pagãos na dedicação de Constantinopla. Ele usava fórmulas mágicas para proteger a colheita e curar doenças." (Will Durant, historiador, na obra "Caesar and Christ", página 656)
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JÁ EXISTIA BISPOS EM ROMA (E NAS DEMAIS LOCALIZADADES) PELO MENOS DESDE O SÉCULO SEGUNDO, COMO É ATESTADO PELO HISTORIADOR EAMON DUFFY:
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“Roma aparentemente não tinha um bispo único até por volta do ano 150, ou seja, quase um século após a morte do apóstolo [Pedro]... vários documentos do começo do século 2, escritos para a comunidade de Roma e por membros dela, em nenhum momento fazem menção a um bispo, mas apenas aos "anciãos da igreja" ou "dirigentes da igreja"
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VALE LEMBRAR QUE FOI APENAS NO QUARTO SÉCULO E MAIS ADIANTE QUE OS BISPOS ROMANOS COMEÇARAM A QUERER EXERCER UMA AUTONOMIA SOBRE OS DEMAIS. ANTES DISSO, OS DEMAIS BISPOS TINHAM TOTAL AUTONOMIA E INDEPENDENCIA SOBRE O BISPO ROMANO:
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"Por ser bispo de uma cidade maior, não era superior em dignidade aos demais bispos; e era de se espantar que um bispo estranho fosse intrometer-se num debate que não lhe dizia respeito; com efeito, um bispo deposto por um sínodo de bispos de uma província não podia ser reintegrado por outros bispos, muito menos pelo bispo de Roma''! (mais notícias, em: L. Maimbourg: "História do Arianismo"; L.I)
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ESSA CARTA ACIMA FOI ENVIADA PELOS BISPOS DE ANTIOQUIA, DE NICÉIA, DE CALCEDÔNIA, DE FLACILLA E DE OUTRAS LOCALIZADES, ADVERTINDO SEVERAMENTE O BISPO ROMANO JÚLIO I (337 – 352 d.C), QUE ESTAVA QUERENDO SER UMA ESPÉCIE DE CENTRO DE CRISTIANISMO POR ESTAR NA CAPITAL DO IMPÉRIO. ELE FOI SE METER NUM “NINHO DE MARIMBONDOS”, E ACABOU SENDO REPREENDIDO PELOS DEMAIS BISPOS.
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ISSO NOS MOSTRA CLARAMENTE QUE ATÉ AQUELA ÉPOCA OS BISPOS DE ROMA NÃO EXERCIAM AUTONOMIA ALGUMA SOBRE OS DEMAIS BISPOS. TODOS ERAM IGUAIS; E, SE O BISPO ROMANO TINHA ALGUMA “VANTAGEM” SOBRE OS DEMAIS, PROVINHA DO FATO DE QUE ESTE ESTAVA NA CAPITAL DO IMPÉRIO, E NÃO POR EXERCER QUALQUER SUPREMACIA RELIGIOSA SOBRE OS OUTROS BISPOS.
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ALGO BEM SEMELHANTE É DESCRITO POR GREGÓRIO MAGNO, QUE AFIRMA CLARAMENTE QUE ATÉ A SUA ÉPOCA NÃO EXISTIA SUPREMACIA RELIGIOSA DE ALGUM BISPO SOBRE OS OUTROS; E, POR ISSO, ESCREVE UMA CARTA REPREENDENDO ALGUM BISPO QUE QUERIA (POR SEU ORGULHO) SER UMA ESPÉCIE DE “BISPO UNIVERSAL” (COMO O PAPA É HOJE). ISSO NÃO ACONTECIA ANTES DE SUA ÉPOCA:
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"Sem a menor hesitação te digo que se alguém quiser chamar-se bispo universal, ou se alguém cobiçar este título, é, por causa deste seu orgulho, o precursor do anticristo porque pretende levantar-se acima dos outros" (Epístola: 33; e VII. Confira também: J. Devoti; "Inst. Canon."; Ed. Paris; L. I; T. III; sect. I; § XII; pág. 145)
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HOUVE INÚMEROS CONCÍLIOS EM QUE O BISPO ROMANO NÃO EXERCEU NENHUMA AUTONOMIA, POR EXEMPLO:
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1- Os Ebionitas com sua teologia dualista.
2 - Os gnósticos de Simão Mago.
3 - Os milagres de Apolônio de Thiana.
4 - Saturnino com a sua teologia da criação.
5 - Basílide de Alexandria que negava a redenção.
6 - Carpocrates que negava a divindade de Jesus.
7 - Valentinianos com suas teorias gnósticas.
8. - Marcião que negava ser Jesus o filho de Deus.
9 - E outras heresias menores.
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FICA MUITO CLARO QUE OS BISPOS DE ROMA LIMITAVAM-SE APENAS E TÃO-SOMENTE A ADMINISTRAÇÃO DE SUA PRÓPRIA DIOCESE (DE ROMA), SEM INTERFERIR OU ATÉ MESMO SEM TOMAR CONHECIMENTO SOBRE A DISCIPLICINA GERAL DAS OUTRAS IGREJAS E MUITO MENOS INTERFERIA EM QUESTÕES DE FÉ E DOUTRINA.
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O HISTORIADOR HEINZ-JURGEN VOGELSIR AO REALIZAR O SEU TRABALHO TEVE DE ADMITIR:

“Era totalmente desconhecida a tal de jurisdição universal do bispo de Roma sobre os bispos da cristandade”. ("Priester dürfen heiralen"; Bonnfl 1992)
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FIQUE NA PAZ DO PAI E DO SENHOR JESUS CRISTO!
ABRAÇOS.